Você sabe qual é o ponto mais profundo da Terra? Isso mesmo, ele se encontra no fundo da Fossa das Marianas!
Localização e Profundidade
Esse lugar bastante distante localiza-se no Oceano Pacífico ocidental, a leste das Ilhas Marianas (daí o nome). Seu ponto mais profundo é conhecido como Challenger Deep.
A profundidade do Challenger Deep atinge cerca de 11 mil metros. Será que você tem noção dessa dimensão? É mais do que a altura do Monte Everest, a maior montanha do mundo!!!
Condições Extremas e Exploração
A Fossa das Marianas é um lugar inóspito e escuro para os seres humanos. A pressão lá é esmagadora, sendo mais de 1.000 vezes a pressão a nível do mar. Poucas criaturas conseguem sobreviver por lá, assim como poucos submarinos conseguem suportar essa pressão extrema.
As missões de exploração são bastante caras e complexas. Em 1960, o batiscafo Trieste, um veículo submersível, alcançou o fundo da fossa pela primeira vez. Dentro dele, estavam a bordo o oceanógrafo suíço Jacques Piccard e o tenente da Marina americana Don Walsh. Isso representou um marco na exploração submarina.
James Cameron, famoso cineasta canadense, também desceu até o ponto Challenger Deep. Ele, por sua vez, realizou mais recentemente uma viagem solo, em 2012. Foi a primeira exploração solitária do fundo da fossa.
Fauna e Vida Marinha
A fauna da Fossa das Marianas é fascinante. Existem organismos bioluminescentes, isto é, que produzem luz própria. Muitos deles são, ainda, desconhecidos pela ciência. É difícil até imaginar que tipo de criatura existe lá.
Os cientistas também encontraram bactérias que se alimentam de químicos. Elas sobrevivem sem luz solar, já que nem a luz é capaz de alcançar certos pontos. Essas bactérias são chamadas de quimiossintéticas.
A Fossa das Marianas também abriga peixes esquisitos, tal como o peixe-dragão. Ele possui dentes afiados e uma aparência assustadora.
Alguns entusiastas se divertem com teorias sobre a possibilidade de sobrevivência do lendário tubarão Megalodonte – um dos maiores e mais poderosos predadores que já existiram nos oceanos do planeta Terra – nessa cratera. Porém, até hoje, ainda não há evidências.
Geologia, Exploração Científica e Preservação
A fossa é formada por uma zona de subducção. A placa tectônica do Pacífico desliza sob a placa das Filipinas, de modo a criar um vale profundo.
A temperatura na fossa é extremamente baixa, próxima do ponto de congelamento. Apenas algumas áreas apresentam fontes hidrotermais quentes. Essas fontes hidrotermais são únicas, uma vez que elas expelem água quente e rica em minerais. Criam, portanto, um ambiente próspero para algumas espécies da vida marinha.
Pesquisar a Fossa das Marianas é crucial, pois a humanidade pode obter informações valiosas que ajudam a entender a vida em condições extremas, bem como a origem da vida.
No entanto, a exploração da Fossa das Marianas demanda tecnologia avançada, com o uso de submarinos especiais e robôs. A comunicação com a superfície ainda é limitada. Ainda assim, os cientistas estão aprendendo sobre a Fossa das Marianas e cada expedição traz novas descobertas.
A Fossa das Marianas é um dos últimos territórios inexplorados da Terra. Ela desafia nossa compreensão do planeta e continua a ser um foco de interesse científico.
É fascinante pensar em um mundo marinho alternativo e pouco conhecido como a Fossa das Marianas. Quantos segredos devem estar guardados por lá. Reputa-se que sua biodiversidade seja vasta e impressionante. Estudar esses ecossistemas pode oferecer novas perspectivas.
A poluição plástica, infelizmente, chegou à fossa. Cientistas encontraram resíduos plásticos no Challenger Deep, fato que demonstra o alcance global da poluição humana.
A preservação da Fossa das Marianas é vital, por ser um patrimônio natural único, e protegê-la garante que futuras gerações possam desenvolver estudos mais robustos.
A Fossa das Marianas continua a inspirar cientistas e exploradores. Ela representa os desafios e maravilhas da Terra. A cada expedição, aprendemos mais sobre nosso planeta.
Sendo assim, a Fossa das Marianas é um lembrete do quão vasto e misterioso nosso mundo ainda é.
